domingo, 5 de dezembro de 2010

Calama: saindo de Rondônia, entrando no Amazonas


Calama é a última localidade que o Projeto Banzeirando visitou, dentro do território do Estado de Rondônia, município de Porto Velho (capital). Vale salientar que Calama, já fez parte do território do Amazonas. Ficamos 3 dias e 2 noites na localidade, o que nos permitiu conviver um tanto com os habitantes, andar mais calmamente pela cidade, observar o pacato modo de vida da população. As apresentações ocorreram em três locais: a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio General Osório, onde se apresentaram o Grupo Manjericão (manhã e tarde), Velho Justino e Guadalupe de Monteserrat (noite); a Escola Ana Adelaide de ensino básico, onde se apresentaram Afonso Xodó (Léo Carnevale) e Dorminhoco (Nivaldo Motta); e a noite no conhecido em Calama como Chápeu de Telha, um coreto em frente a Igreja Católica Matriz.

Relato retirado do Diário de Bordo do Grupo Manjericão, por Márcio Silveira
"Nos preparamos na correria, pois era cedo pra caramba, lugar longe, no meio do caminho desabou uma chuvarada e ficamos embaixo de uma ponte de ferro de duzentos metros de comprimento que ligava o centro do Distrito com o morro da escola (General Osório). Sidnei Oliveira, nosso produtor naquela hora, conseguiu uns guarda-chuvas e seguimos pra escola.
Chegando lá e avistamos o Chicão realizando uma oficina breve para aquecer o público pra nossa apresentação. Nivaldo ajudou a formar a roda e logo já estávamos em mini cortejo pelo pátio. Apresentação ótima, num espaço coberto e amplo, público muito participativo. Na cena em que a mulher barbada, personagem da Anelise, após realizar a dança do cossaco, se enamora de um homem da platéia e foi o seu Sebastião. O morador ribeirinho ficou lisonjeado, ganhou beijinhos e se divertiu muito assim como os demais. Cumprimos a função com esmero, suando muito com o calor abafado após a chuva.  Voltamos pro barco para um banho rápido e uma manga de lanche, fruta que se encontra em todos os lugares. Alguns já comeram tanto que não podem nem ver mais, hehehe. Pedimos pra guardarem um pouco do quizado de Pirarucu e também frito pro almoço na volta. Corremos pra escola novamente, começamos às 13h e foi nossa melhor apresentação até aqui na Jornada."

A noite foi a vez de Nivaldo e Tancredo, a Guadalupe (Nivaldo Motta) estava endiabrada entrou até de bicicleta em cena, uma loucura! O Velho Justino, que entrou primeiro no auditório do colégio, acabou por aguçar a curiosidade dos que estavam dispersos pelo pátio, e assim, os levando até o local da apresentação. O espetáculo foi único, a pláteia participativa e risonha em ambas as apresentações, realmente uma experiência ímpar.





Na escola Ana Adelaide, em outro bairro de Calama, tivemos a parceria consagrada nesta jornada, de Léo e Nivaldo. Os palhaços Xodó e Dorminhoco formam uma dupla inigualável, e levaram as crianças a darem boas gargalhadas, com suas mágicas e trapalhadas, vale salientar que esta apresentação, segundo Léo Carnevale, foi mágica, todos os números funcionaram muito bem, havendo uma resposta positiva e gratificante por parte do público infantil. 







A noite, no dia 01 de dezembro, fechamos nossa passagem por Calama com uma apresentação geral no Chapéu de Telhas, em frente a Igreja Católica. Som, luzes e muita irreverência com Guadalupe de Monteserrat e O Velho Justino, uma chuvinha rápida ameaçou expulsar o público, mas, nossas preces foram atendidas e o clima amenizou, trazendo um frescor na noite, e um público risonho e participativo. Enfim, recolhemos todo o equipamento, com a certeza de termos feito nossa parte. Pela manhã, o barco partiu atravessando a fronteira, deixando Rondônia e entrando nas águas do Estado do Amazonas, em direção a Humaita.

Banzeirando, a jornada continua....



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